FAZENDO JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS
No antigo oriente, um homem havia sofrido uma terrível humilhação de um inimigo e prometeu vingança. Foi a sua casa e pegou seu machado. Seu intuito era assassinar seu algoz a fim de fazer justiça.
No caminho, o homem encontrou um senhor idoso, que o interpelou dizendo:
- Ola meu jovem, onde vai?
- Vou fazer justiça! disse o homem.
- Ah entendi. Mas antes de ir fazer “justiça”, vou te mostrar algo muito importante.
O homem não queria ir, mas o velho parecia tão bondoso que sua humildade e seu olhar sereno cativaram-no. Resolveu então, por mera curiosidade, ver o que o velho propôs.
Andaram dois minutos e chegaram numa árvore frutífera. O velho disse:
- Escolha o fruto mais podre desta árvore.
Sem entender nada, o homem apontou um dos frutos, que parecia ser o mais podre.
- Agora lhe rogo que espere aqui comigo mais um pouco.
O homem pensou em recusar a oferta do velho, mas como já estava ficando tarde, pensou “Amanhã eu o matarei e farei justiça”.
Ambos cobriram o chão com folhas e dormiram ali mesmo.
No dia seguinte, o sol começou a raiar. Quando o homem se levantou, olhou para a árvore e o fruto já não estava mais lá. Procurou-o no chão e lá estava ele.
O velho então olhou para o homem e disse:
- Essa é a resposta da vida para você. Não há necessidade de fazer justiça contra esse homem que te humilhou, pois o fruto podre cai sozinho da árvore.
O homem ficou surpreso. O velho continuou:
- Mas observe que isso não termina aí. Por mais podre que seja, o fruto morre na terra e suas sementes germinam, fazendo crescer uma linda planta cheia de vida. Portanto, deixe que o universo, em sua infinita e inexorável marcha, equilibre todas as coisas, colocando-as em seus devidos lugares.
Autor: Hugo Lapa
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