Na íntegra

O Na Integra deste mês vem mostrar um pouco sobre a Obsessão. Esperamos que aproveitem.

 

 

Allan Kardec pergunta aos Espíritos:

Influem os Espíritos em nosso pensamento, e em nossos atos?
E eles respondem: “Muito mais do que imaginais. influem a tal ponto, que, frequentemente, são eles que vos dirigem.”

... A obsessão somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro do bem. É natural, para nós, quando percebemos algum amigo ou parente com problemas, querer auxiliá-los com boas intenções, conduzindo-os ao bem. Nesse caso, os desencarnados também agem da mesma forma. E quando são espíritos bons, auxiliam-nos. Mas, e se forem espíritos de uma escala evolutiva inferior?

Os espíritos precisam de um campo similar para influenciar e encontrar hospedagem. Kardec cita que "o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho" e também "que uma alma pode ler noutra alma como num livro". Quando os Espíritos percebem que estamos vibrando numa faixa negativa, eles, então, se tornam companheiros perversos. Influenciando sutilmente e em longo prazo, conseguirão ter mais ou menos o domínio que deseja, controlando nossos atos. Vale ressaltar que, temos o livre arbítrio de aceitar ou não, e podemos escolher sempre - agir bem ou mal.

Dependendo de nossa escolha, permitiremos a sintonia ou iremos repelir naturalmente. Divaldo Pereira Franco, em uma entrevista no programa "Transição" diz que poderemos inverter o ditado popular "Diga-me com quem você anda, que eu direi quem você é" para "Diga-me quem você é, e eu direi com que você anda". Certamente conseguimos deduzir quais são os companheiros espirituais que andam conosco, observando nossas vidas, nossos pensamentos, emoções e ações.

Emmanuel, no livro "O Consolador", através de Chico Xavier, ao ser questionado se existe relação entre obsessão e correntes mentais, ele responde prontamente: "Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais. O pensamento é a base de tudo".

Em seguida, perguntam: qual o papel do desejo, da palavra, da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?
Emmanuel responde: "Cada um de nós é acumulador por si, retendo as forças construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação representam eletroímãs, através dos quais atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes”.

Muitas vezes, podemos analisar criteriosamente, algo que pode ou não ser visto como uma ação espiritual negativa. Vamos ilustrar um caso: prontificamo-nos em ir a algum Centro Espírita, pensando em nos melhorar, auxiliar o próximo, no entanto, alguns fatos inusitados começam a suceder, tal como uma dor repentina, um mal-estar, uma discussão sem motivo importante, um pneu furado, uma adversidade no trânsito, a preguiça, sono, o chefe, o empregado. Contrariedades. A atuação obsessiva é imensamente inteligente e profunda. A ação negativa procura nos desmotivar exatamente em nossos pontos fracos.

Comumente, ao tentar elaborar algo em nosso benefício, seja o que for, nos deparamos com alguém que fala uma frase para nós, naquele exato momento em que estávamos quase concluindo. Esse algo que ouvimos, é exatamente o que detestamos ouvir. Pronto. Permitimos que vençam sobre nós. Não sentimos mais o entusiasmo, declinamos nossa vibração espiritual, entristecemo-nos, brigamos, sentimos ódio e, agora, estamos abertos para a influência obsessiva - e manipuladora - induzindo-nos ao pessimismo. Mas somos livres para decidir: podemos insistir, não se debilitar, livrar-se do orgulho ferido, elevar nosso pensamento, fazer uma prece e estaremos, em nosso favor, desconectando dessa sintonia.
Divaldo P. Franco, no livro "Tormentos da obsessão", através do espírito Manoel P. Miranda, nos relata que um obsessor pode atingir o corpo físico, gerando doenças: "irradiando e ampliando o campo vibratório nefasto, que atingirá outras regiões do encéfalo, prolongando-se pela rede linfática a todo o organismo, que passa a sofrer danos nas áreas afetadas". Sabemos que o sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores e que, neste caso, sofreu alterações de obsessores.

Manoel P. de Miranda, ainda nos mostra que sérios problemas obsessivos alteram a química cerebral e induzem ao suicídio:

“Quando das suas graves intervenções no psiquismo dos seus hospedeiros, suas energias deletérias provocam taxas mais elevadas de serotonina e noradrenalina, produzidas pelos neurônios, que contribuem para o surgimento do transtorno psicótico-maníaco-depressivo, responsável pela diminuição do humor e desvitalização do paciente, que fica ainda mais à mercê do agressor. É nesta fase que se dá a indução ao suicídio, através de hipnose contínua, transformando-se em verdadeiro assassínio, sem que o enfermo se dê conta da situação perigosa em que se encontra”.

Veremos essa ação nefasta em diversos campos na humanidade: doenças, crises de depressões graves, diversos transtornos psiquiátricos, ansiedades, crimes e guerras. Mas o auxílio nunca nos foi negado. Em todos os tempos, vemos Deus nos chamando. Os ensinamentos alicerçados no Bem, na prática do amor, são trazidos a cada instante. 

A pratica da caridade nos eleva a alma, faz com que espíritos iluminados e interessados na evolução do próximo, se aproximem de nós. A mudança de hábitos e pensamentos modifica-nos o campo perispiritual, desassociando de perturbações espirituais, assim, fiquemos convictos e sigamos confiantes de que estaremos trilhando o caminho divino.

 

 

Texto retirado da pagina Mensagens Espiritas