terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Na íntegra...


 



Nesta segunda edição Na íntegra estremos falando sobre o AMOR,pregado nas parabolas de Jesus,nos poemas e nas melodia dos compositores; e é a Lei que rege as relações.

Falando sobre o casamento, o codificador da doutrina espírita Allan Kardec foi um dos poucos filósofos de seu tempo a discorrer sobre o amor e suas implicações. Afirmou, à época, que “nem a lei civil, nem os compromissos que ela faz contrair podem suprir a lei do amor se esta lei não preside a união; disso resulta que, frequentemente, o que se une à força, se separa por si mesmo; infelicidade que se evitaria se, nas condições do casamento, não se fizesse abstração da única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor”.

Algumas histórias de amor parecem escritas pelo destino. Tem que acontecer e pronto! Isso não determina um romance feliz ou não, mas um amor de almas. São laços fortes do passado. Pessoas que se reencontram após vidas sucessivas de paixão, ódio ou amor.
 O destino pode aproximar duas pessoas, mas as escolhas, os comportamentos são determinados pelo livre arbítrio. A partir do momento em que nos responsabilizamos por nossas escolhas, acertos e erros, mudamos nossa vida. Em vez de vítima, seremos o agente da sua própria historia.
 O amor é de essência divina, bradam os Imortais. O homem, nos ensaios do amor, tem muita vez se equivocado e em nome do amor à verdade deflagrou contendas que atravessaram anos e atingiram a muitos.
 Pelo amor a personalidades eminentes, atingiu vidas, destroçando outras tantas vidas.
 Pelo amor a sítios e paragens históricas o homem luta, guerreia e se desequilibra.
 Contudo, o amor é de essência divina. Do que se conclui que, em momento algum, por nenhum motivo, pode se tornar arma fratricida ou motivo de dissensão.


                            O verdadeiro amor simplesmente se doa e não tem limites.

        Recordamo-nos de uma jovem senhora, profissional de mérito, que se consorciou com famoso engenheiro.A fortuna lhes sorriu, a fama, o reconhecimento público. Viviam felizes, não fosse a depressão que vez ou outra acometia a esposa. Tomava-se de tristeza e por horas amargava a solidão.
        Nada que lhe pudesse modificar a disposição, nesses momentos. Nem a presença do esposo, dos familiares, de amigos.
        É que ela guardava um segredo e o remorso a atormentava. Nos verdes anos da juventude engravidara e, inconseqüente, optara pelo abortamento.
        Após o casamento, porque não conseguisse engravidar, passou a crer que os céus a estavam castigando pelo ato terrível que cometera.
        Mas não ousava a ninguém confidenciar o que fizera.
        Até que um dia resolveu abrir a intimidade desconhecida do seu coração ao ser amado. Temia perdê-lo, face à revelação.
        Ele a ouviu e tomando-lhe as mãos entre as suas, murmurou: Já suspeitava de que algo grave houvesse sucedido em sua vida.Respeitei o seu segredo e jamais a amei menos.Agora, muito mais, se for possível um superlativo amor. Este é um grande e especial momento em nossas vidas. Desapareceu o único impedimento que colocava sombras em nossa união.
        Você me perdoa?, perguntou lacrimosa.
        Quem ama, não chega a perdoar, respondeu rápido o marido. O fato de perdoar anularia o sentimento do amor, porque o amor compreende sempre.
        Lamento que este seu gesto de confiança não tivesse se dado antes, pois assim me impediu de usufruir a solidariedade de sofrer ao seu lado, diminuindo-lhe a dor.
        Segurando-lhe as mãos com redobrada ternura, as beijou: Não soframos mais o passado. Construamos o futuro. Compensemos o ato criminoso, amparando os filhos alheios, se não pudermos ser pais da própria carne.
        Refundamos as nossas forças na fornalha sublime do amor, clarificados pelo amor de Deus.        O casal, tendo por testemunhas as estrelas da noite calma, renovou as promessas de eterna ventura com dedicação perene.
        Um poema musical de esperança e de mútuo auxílio se expressou, na balada suave do amor.
*   *   *
        O amor cobre a multidão dos erros e equívocos.
        Isto significa que faltas graves podem ser ressarcidas com devoção ao semelhante, dedicação ao bem e trabalho incessante pelo próximo.
        Quem semeia espinhos pode vir a amenizar a aspereza do campo então cultivado, passando a aromatizar o ar com a semeadura abundante de flores coloridas e árvores frutíferas.



E o amor em suas caracteristicas se faz presente em todos sentimentos e ações:

Vida
É o amor existencial.
Razão
É o amor que pondera.
Estudo
É o amor que analisa.
Ciência
É o amor que investiga.
Filosofia
É o amor que pensa.
Religião
É o amor que busca a Deus.
Verdade
É o amor que eterniza.
Ideal
É o amor que se eleva.

É o amor que transcende.
Esperança
É o amor que sonha.
Caridade
É o amor que auxilia.
Fraternidade
É o amor que se expande.
Sacrifício
É o amor que se esforça.
Renúncia
É o amor que depura.
Simpatia
É o amor que sorri.
Trabalho
É o amor que constrói.
Indiferença
É o amor que se esconde.
Desespero
É o amor que se desgoverna.
Paixão
É o amor que se desequilibra.
Ciúme
É o amor que se desvaira.
Orgulho
É o amor que enlouquece.
Sensualismo
É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente...






Passagens retiradas da Redação do Momento Espírita, com frases extraídas  do cap. 6, pt. 3,
do livro
Do abismo às estrelas, pelo Espírito Victor Hugo,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

Disponível no CD Momento Espírita v.
7 e no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.

Em 26.12.2008 e do site amordealmas.com .

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